sábado, 21 de março de 2009

17:58 - 1 comment

TV Record abre espaço e denuncia abuso aos animais


Primeira vez que vejo ou que pelo menos me recordo um veículo de comunicação exibir matéria denunciando o abuso e maus tratos ao “melhor amigo do homem”. O Câmera Record, TV Record, desta sexta-feira (20), foi exclusivamente dedicado a eles.
Segundo as ONGs - Organizações Não Governamentais, estimam-se que atualmente 3 milhões e 100 mil animais, entre cachorros e gatos sofrem diariamente com o abandono nas ruas de todo o País.
Só na cidade de São Paulo, 200 mil cães estão vagando pelas ruas. No ano passado, o Instituto de Proteção aos Animais do Brasil recebia cerca de 600 denúncias de maus tratos a cães por mês. Hoje, são 1.500 chamados todos os meses. Um crescimento de 150%. Metade dos casos envolve vira-latas e 40%, pitbulls.
A jornada dos bichos é longa, mas sempre existe a esperança de encontrar no meio do caminho heróis anônimos que estão sempre prontos para resgatar os animais de uma tragédia.
Muitos precisam inclusive de atendimento veterinário, por terem sido vítimas de violência dos antigos donos, como é o caso do cachorro que teve uma das patas da frente amputada após o antigo dono ter quebrado em 3 lugares.
Mas as crueldades não param por aí. Um outro caso ainda em São Paulo, foi o do Rex, cachorro da raça dálmata que era mantido por uma família em um quintal sujo, sem água nem comida, todo machucado e com feridas abertas.
O Serviço de Proteção ao animal recebeu a denuncia e foi checar. No local uma vasilha de água que não era trocada por no mínimo uma semana. Na outra nem vestígios de comida. Quando questionada pelo agente do serviço, a proprietária do animal disse que só tratava do cão uma vez ao dia, e detalhe, na hora que os agentes chegaram ao local era um pouco mais de 14h e o dálmata ainda não havia sido alimentado. A situação do animal era grave e exigiu a presença de um veterinário que na hora descartou a possibilidade do animal continuar “vivendo” naquelas condições.
Mas em meio a tanta tristeza a história teve um final feliz. Rex foi adotado por uma veterinária que mora no Rio de Janeiro. No novo lar além dos cuidados e de muito carinho, o dálmata ganhou ainda uma companheira, uma cadela da mesma raça.
Da cidade maravilhosa para o interior paulista. Em São Carlos a equipe do Câmera Record, acompanhou o trabalho dos profissionais do Centro de Zoonoses do município.
Por lá, o veículo que recolhe os animais a famosa carrocinha ficou no tempo. Hoje é chamado de coletor, viatura. O agente disse que a imagem da carrocinha está ligada a algo muito ruim e que pelo menos lá a realidade mudou.
Os bichos são recolhidos e transportados para o Centro de Zoonoses, mantido pela Prefeitura de São Carlos. No local, gatos e cachorros recebem além do abrigo, alimentação e atendimento médico. Os felinos são castrados e vivem soltos em um ambiente que mais parece uma chácara. Já os cães são separados por baias.
A repórter pergunta para o agente do Centro de Zoonoses se depois de um tempo os animais são sacrificados, e ele diz “sacrificar é crime e está previsto em lei, além de ser um crime inafiançável”.
Sabemos essa realidade de São Carlos, é totalmente diferente da maioria das outras cidades do País. Em Ourinhos (SP), por exemplo, a prefeitura diz que não sacrifica os animais. Mas em contrapartida não recolhe os bichos da rua.
No final de 2008 trabalhei em um grupo de comunicação na cidade, era repórter em duas emissoras de rádio. Quando cheguei à cidade levei um choque. Pois nunca tinha visto tantos animais abandonados pelas ruas como naquele lugar.
Observando a falta de consciência das autoridades e também da população, sugeri o assunto como pauta. Descobri então que a prefeitura não tinha um canil. Os animais até hoje são recolhidos por uma senhora que não suportou ver tanto sofrimento e resolveu montar uma associação.
Dona Olga como é conhecida, trata de aproximadamente 400 cães e conta com a ajuda de 4 voluntários. A prefeitura colabora apenas com Mil reais por mês. Isso significa que cada animal recebe em média do setor público, DOIS REAIS E CINQUENTA CENTAVOS por mês. Será que a prefeitura sabe quanto custa hoje um quilo de ração? Será que a prefeitura sabe que não é só de ração que o animal necessita? Será que a prefeitura sabe que a o animal come, bebe, sente frio, dor, etc.? É, pelo visto não...

Um modelo a ser seguido
A equipe do Câmera Record fez ainda uma matéria exclusiva em Manhattan – NY. O correspondente internacional Celso Zucatelli, mostrou o lugar onde os cães ficam “hospedados”, enquanto aguardam um novo dono.
A Organização Não Governamental cuida dos animais que foram abandonados e ainda daqueles que as famílias são de baixa renda. Lá, desfrutam de um box individual, com sistema de aquecimento interno e música ambiente, para acalmar.
Na entrada uma breve descrição de cada animal. A instituição se preocupa tanto com o bem estar dos seus hospedes, que fazem questão de deixar algo de recordação quando são adotados.
Uma foto com a nova família deixa a marca de uma nova vida. Nem mesmo o repórter Celso Zucatelli resistiu e adotou um rottweiler. E claro, os dois entraram para o álbum de família.
E para finalizar o Câmera Record o alerta “Enquanto aqui no Brasil as autoridades não encararem a realidade e muitos proprietários não tomarem consciência o número de cães e gatos continuará crescendo”.


1 comentários:

Enfermeira mata cachorro Yorkshire na pancada.

Vi este vídeo no facebook hoje, e estou horrorizada com tamanha crueldade desta mulher. Gostaria de ver uma reportagem sobre este assunto e o que realmente aconteceu com esta mulher que fez isso com um ser tão indefeso.
Segue o Link:http://www.youtube.com/watch?v=Z-AkerkZEH4



Atenciosamente.

Alessandra Ribeiro
Betim- Mg
aribeiroduarte@hotmail.com

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